Resenha: A FILHA PERDIDA por Elena Ferrante

Olá Meus Eventuais! Como estão vocês?? A vida anda tão corrida que me atrasei toda nas resenhas, mas vou tentar entrar no ritmo de novo 😅

Hoje vou falar um pouco sobre um livro que iniciei com altas expectativas por se tratar de uma história escrita pela autora Elena Ferrante. Há algum tempo estava louca para ler algo dela. 

Foto: Eventual Obra de Ficção

A história se passa em clima praiano, onde a personagem principal, Leda, está passando as férias. Logo de início ela se incomoda com o fato de não ter sossego nesse ambiente, visto que um grupo de pessoas um tanto quanto escandalosas se reúnem para curtir o mar.  Logo percebe que trata-se de uma família de napolitanos um tanto quanto escandalosos. Ela se vê envolta pelas conversas e situações que chamam a sua atenção para duas pessoas em especial: Nina e Elena, uma mãe e sua filhinha. A pequena menina anda sempre com uma boneca a tira colo e parece ser muito ligada à mãe, uma mulher linda que aparenta não estar muito contente com a vida no geral.

Todas essas percepções nos são apresentadas por Leda que, ao longo das páginas, observa constantemente as ações de Nina e da pequena Elena, o que cria lembranças há muito guardadas em seu íntimo. É inevitável para Leda a comparação entre o relacionamento maternal que vê e o que ela própria viveu com seus filhos no passado. 

O livro gira em torno do acontecimento principal caracterizado pelo sumiço de  Elena. O desespero da mãe da menininha faz com que Leda se lembre de alguns erros do passado e a coloca em uma situação difícil quando encontra a boneca inseparável da criança desaparecida.

Entre lembranças e observações do presente, Leda nos faz enxergar suas dificuldades em ser mãe. Na verdade, para mim esse foi o real motivo para não gostar muito do livro. Parece que a personagem tem arrependimentos profundos em ter sido mãe e carrega essa tristeza, misturada ao alívio de agora estar sozinha, com os filhos já criados e poder desfrutar das delícias de estar finalmente só. Porém essa família está sempre próxima dos lugares onde vai, causando sentimentos confusos e tornando mais viva a memória da responsabilidade que todo filho representa para uma mãe.

Foto: Eventual Obra de Ficção

Não foi fácil gostar da personagem e por isso o livro se tornou monótono para mim. Acredito que só finalizei a leitura por dois motivos... um, porque o livro tem poucas páginas e é super fácil de ler, outro, porque a história vai caminhando para um desfecho que induz o leitor a achar que vai acontecer algo que traga sentido à toda história apresentada... mas isso, infelizmente, não acontece. Terminei a história sem entender bem o real significado do livro. Funcionou muito mais como um desmotivador no sentido "nunca tenha filhos", porém nenhum dos acontecimentos descritos conseguem justificar o sentimento da narradora. 

Enfim foi minha decepção, mas acredito que muitos tenham gostado da obra, interpretando-a de forma diferente.

E vocês já leram?? O que acharam?? Comentem aqui!

Um grande beijo!!