Agora eu posso seguir, recolher os caquinhos e me refazer novamente.
Posso retirar esse sorriso guardado da gaveta e deixar no rosto por quanto tempo for necessário.
Posso me despir de toda culpa e aprender a voar sem destino por aí.
Não quero e nem ouso mais fingir coisa alguma pra gente nenhuma, pois agora sou eu que estou a perambular pelas ruas pensando em todos os encontros da vida e admitindo que não há coincidências- somente o entrelaço de almas a colidir a todo instante.
E desse laço me desfaço para ser a corda que irá prender algo enorme um dia.
Posso finalmente estar feliz por ter certeza do valor de se fechar uma janela para entrar em uma porta que me leva à um jardim florido.
Posso estar livre para permitir a invasão da felicidade e exprimir o sorriso torto que insiste em guiar meus lábios,
Na verdade já posso ter milhões de motivos para sorrir.
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Foto: Eventual Obra de Ficção |
Oi, Roberta!
ResponderExcluirLindo texto. Combina muito com esse clima de fim de ano e metas para o ano que vem.
Beijos
Balaio de Babados
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